Entendendo Goétia

Existe muita mitificação sobre o sistema Goétia. Muitas pessoas falam sem autoridade alguma, e muitas autoridades no assunto preferem se manter caladas (meu caso). Sem grandes mistérios, basicamente trata-se de um sistema de invocação multi-propósito.O presente livro foi dividido em três partes, a saber: A descrição dos 72 Espíritos e seus respectivos selos, uma descrição dos principais materiais usados na invocação e por fim as conjurações a serem usadas para chamar-se o espírito. Para maior entendimento do sistema, daremos aqui um breve resumo de seu funcionamento. A primeira coisa a se fazer é escolher com qual espírito irá se trabalhar. Este momentoé de suma importância e dele dependerá o sucesso ou não da invocação – uma fortemotivação e um grande envolvimento emocional são de grande ajuda neste momento.

"Demoniac - antes de escolher um espírito e partir obcecadamente em sua direção deve se conhecer todos, com intuito de sentir atração ao espírito ou até mesmo um contato pré-maturo, o poder do espírito você sentirá e não terá sombras de duvidas, de qual será adepto"

Seus elementos poderiamser reduzidos a um mínimo composto por:
Baqueta
– Ferramenta da vontade manifesta do magista
Circulo
– Onde ficará o adepto protegido de qualquer influência externa.
Triângulo
– É o local destinado a manifestação do espírito invocado, que lá estará contido e sob as ordens do mago.
Selo do Espírito
– Cada um dos 72 espíritos possui seu próprio selo, que será disposto no triângulo para a conjuração.
Hexagrama e Pentagrama
– Usados na proteção do mago. (demoniac -  isso é verídico, você pode ver uma breve introdução clicando aqui )
A segunda parte do livro contém descrições mais detalhadas sobre cada uma estasferramentas, bem como a de acessórios opcionais que em sua maioria trarão maior eficiência ao rito.

Inicia-se então os preparativos para a evocação. Certifique-se de que não será interrompido, tire o telefone do gancho, desligue a campainha.  Comece colocando o selo do espírito no triângulo e entrando no círculo.

O próximo passo é a realização de um ritual de banimento (como o Ritual menor dopentagrama que é dado como anexo neste livro) seguido da conjuração reliminar do não nascido. Chega-se a hora das Conjurações, começando pela conjuração preliminar do não-nascido. O uso das invocações tais como seguem na terceira parte do livro é geralmente usada simplesmente pela força que causa na psique do mago e pelo seu sucesso já provado em diversas ocasiões. No entanto, mais importante do que seguir um roteiro é envolver-se mental e emocionalmente com o texto. Algumas pessoas gostam de reescrever as conjurações de modo a torná-las mais pessoais. As conjurações devem ser feitas até que se sinta a presença do espírito invocado, isto pode ser notado por uma sensação visual do quarto encher-se de neblina, queda súbitade temperatura, sensação de formigamento no corpo, simples premonição, etc...Com a chegada do espírito às ordens podem ser então dadas à eles. Se for de seu desejo ver o espírito, na maioria das vezes terá que ordenar que ele apareça. Quando digo “ver” quero dizer as diversas formas de manifestação sensória de um espírito: ele pode realmente se tornar visível, pode tremular em uma imagem, surgir e desaparecer como um vulto na área do triangulo, pode manifestar-se psiquicamente, aparecendo com detalhes na “tela mental”, entre outros...Os comandos para o espírito conjurado devem ser obrigatoriamente expressos nas próprias palavras do adepto. As ordens ao espírito deveriam ser claras, e talvez  algumas restrições deveriam ser impostas, como não ferir amigos e familiares, e quem sabe um prazo para que seus pedidos sejam compridos.
(Obs: Tempo todo dentro do triangulo de invocação.)

Existem duas formas basicamente de se barganhar com um espírito de Goétia. Pedindo, ameaçando-o ou recompensando-o. Na maioria das vezes o espírito pode aceitar ou negar um pedido seu e não exigir nada em troca. Alguns deles no entanto parecem ter uma certa tendência para a negociação. Se for necessário ameaçasse um espírito dizendo que seu selo será destruído. Recompensa-os com a criação de uma nova cópia do sigilo (seja ela um trabalho artístico, um grafite ou o que quer que seja.), embora em casos mais complicados sacrifícios mais ousados sejam pedidos. Será comum você “ouvir” o espírito lhe oferecer mais do que você realmente pediu tentando persuadi-lo a desejar outras coisas. Permaneça firme em sua vontade inicial ou acabará fechando contratos dos quais vai se arrepender depois. Na negociação não é necessário ser estúpido como os magos medievais, muitos dos espíritos são razoáveis e amigáveis, seja flexível, mas mantenha-se sempre no controle. Feito isso pode se dar a licença para o espírito partir. Use a versão fornecida pelo livro ou reescreva-a em uma forma mais pessoal. A licença deverá ser declarada até não se sentir mais a presença do espírito. Finalmente execute novamente o ritual de banimento. Recolha todos os acessórios e o selo que agora está “ativado”, deverá ser guardado em um lugar seguro, longe demãos e olhos profanos.Agora simplesmente aguarde o espírito cumprir sua missão. Durante este período esteja pronto para manifestações como o aparecimento dos espíritos em sonhos, a visão de vultos, ouvir o seu próprio nome falado alto em uma hora perdida do dia, sensações de arrepio e formigamento e inclusive a sensação do toque além de casos raros de poltergaist.O sucesso é uma pratica freqüente neste sistema, mas em caso de falha temos duas alternativas. Podemos simplesmente esquecer o ocorrido e continuar nossas vidas, ou podemos dar um ultimato ao espírito. Para isso conjure o espírito mais uma vez e ordene que complete sua missão em um numero certo de dias sob a pena de ter seu selo torturado e/ou destruído. Na maioria das vezes isso bastará para fazer-lo cumprir seu dever. Esta é a base da prática Goetica. O sistema se revelará especialmente eficiente para aqueles que buscam poder, hedonismo e prazeres materiais. Na verdade as conseqüências podem ser similares a que se tem com o jogo ou com certas drogas no tocante de que tenderá cada vez com mais freqüências buscar poder e prazer com os espíritos. Se você acredita que corre o risco de perder o controle com a sensação de poder, este sistema não é para você.

Parte I – Os 72 Espíritos

Os 72 espíritos que serão apresentados a seguir não são aqueles apontados no Pentateuco, nos famosos três versículos de onde provem os 72 nomes de IHVH. Estessão espíritos Goéticos, de uma outra ordem; são entidades muitíssimo primitivas, e que foram adoradas durante os primórdios da humanidade. São deuses esquecidos quese tornaram demônios após a influencia cristã; mas isto é uma hipótese; a experiência demonstrará a verdade. Coincidentemente 72 pode ser o resultado da soma 66+6.De qualquer forma estes são os 72 reis e príncipes poderosos que, conforme conta omito, o rei Shlomo encerrou em uma arca do bronze junto com suas respectivas legiões. Dentre eles BELIAL, BILETH, ASMODAY e GAAP eram os principais. Devemos notar que Shlomo parace ter feito isso por puro orgulho, uma vez que nunca declarou as razões de ser impelido a agir assim.Tendo-os aprisionado selou a sua Arca, que através da potencia divina foi encerradanuma gruta ou poço na antiga Babilônia. Passado algum tempo alguns babilônicos desavisados encontraram a Arca e quiseram abri-la, imaginando que esta estivesserepleta de tesouros. Quando conseguiram os espíritos principais imediatamente fugiram com suas respectivas legiões, exceto BELIAL, que entrou em uma imagem e proferiu oráculos, sendo a partir de então adorado com ritos e sacrifícios sangrentos, como uma divindade.
 Notas 1- Estes quarto grandes reis são geralmente chamados de Oriens, ou Uriens, Paymonou Paymonia, Ariton ou Egyn e Amaymon ou Amaimon. Pelos rabinos são conhecidossob os nomes de: Samael, Azazel, Azael, e Mahazael

Demoniac- Uma dica para as pessoas que não se sentem bem com isso, deve ser ler com intuito de conhecer, não que irá aplicar este, conhecimento não é crime, crime é o que você resolve fazer com ele (nesse caso, casos raros).

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